segunda-feira, 9 de abril de 2012

A NECESSIDADE DA ÉTICA: INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS ÉTICAS



INTRODUÇÃO

Magníficos um dos objetivos para a  exploração das  situações aqui apresentadas é o de, a partir delas, refletirmos sobre um conjunto de questões que nos permitam no final, compreender o que é a ética e qual é a sua necessidade.  Assim, após a leitura das situações, analisem as seguintes questões:
Porque consideramos uma ação  correta ou incorreta? Que justificação temos para considerar uma ação moralmente correta ou incorreta? Há algum critério que nos possa ajudar a julgar/avaliar determinada ação? Que critério pode ser esse? Podemos transformá-lo numa teoria? O que defenderia essa teoria? Qual será a importância de estudar essa ou outra teoria? Tudo isto representa uma área importante da Filosofia que dá pelo nome de ÉTICA. Qual é a importância de estudar ética?
Há quem considere que não é necessário pensar em qualquer justificação moral para o que fazemos ou para aquilo que observamos. Dizendo simplesmente que não há qualquer necessidade da moral ou da ética pois no campo dos valores tudo é subjetivo ou relativo.
 Portanto, aceitar esta tese significa defender que tudo tem o mesmo valor e deste ponto de vista, não podemos afirmar que uma ação é melhor que outra. Ou que uma ação tem valor moral e outra não. Aceitar esta tese é ficar com um problema: o que fazemos com as nossas crenças morais? O que fazemos com os nossos princípios éticos?
Haverá um ponto de vista ético das coisas? Em que consiste esse ponto de vista ou como se caracteriza? Será um ponto de vista que tenha apenas em conta os meus interesses? Ou os interesses dos outros e os meus? A ética pretende ser universal? A ética pode ser o ponto de vista de um observador ideal e imparcial? E que temas aborda a ética? Qualquer tema pode ser um problema ético?




Situação 1.

Jorge acabava de saber que a sua grande amiga Joana tinha sido enganada pelo namorado. Ele tinha visto o namorado da Joana com outra rapariga na festa de final do período, festa à qual a Joana não pôde ir. Para o Jorge isto era inaceitável. Iria contar à sua grande amiga o que viu pois não suportava a mentira.

Jorge era um rapaz cheio de princípios. Pelo menos era o que a mãe dele dizia às vizinhas quando falava do seu filho. Considerava o filho como um rapaz de boas intenções. Dava esmola a quem pedia porque considerava que qualquer pessoa naquela circunstância devia sempre ajudar o próximo e não apenas para exibir-se perante os outros.

 Era também um rapaz que levava a sério a palavra de honra. Jorge acreditava que nunca devíamos mentir fosse em que circunstância fosse. Os amigos consideravam-no muito exigente. Dado que tinha já decidido, Jorge contou à Joana o que tinha visto na festa do final do período. Para o Jorge, a amizade significa isso mesmo. Em qualquer circunstância temos o dever, a obrigação de contar aos amigos sempre a verdade. Portanto, para o Jorge não lhe passava pela cabeça omitir o que tinha visto. Contou então à Joana o que viu naquele dia na festa. A Joana ficou muito transtornada, não conseguiu suportar a verdade e acabou por tomar uma caixa de comprimidos. Foi parar ao hospital. Salvou-se mas a família e a própria Joana apanharam um grande susto.

Situação 2.
 A praia estava cheia de pessoas naquele dia. Fazia muito calor e portanto apetecia estar ao pé do mar. Três jovens raparigas de 17 anos estavam no mar a tomar banho. Entretanto, Mário e os amigos tinham acabado de estender as toalhas na areia. Mário adorava «dar nas vistas» era aquilo que se costuma designar por um rapaz “convencido”. Já tinha reparado nas jovens que tomavam banho. Elas tinham-se afastado um pouco demais para uma praia que não tinha nadador salvador.
De repente, uma das raparigas fica em perigo e pede socorro; na tentativa de ajudar as outras duas jovens tentam puxá-la mas acabam também elas por ficar em apuros. «É esta a oportunidade», pensa Mário para com os seus botões. Pode tornar-se um herói e ser reconhecido como o salvador por toda a gente na praia, incluindo as jovens. Mesmo não sabendo nadar muito bem, Mário acaba por lançar-se à água imaginando já a sua chegada- aclamado por toda a gente. Consegue salvá-las num golpe de sorte. Transforma-se num herói em poucos momentos e ainda salva as jovens. Já ganhei o dia pensa o Mário.
 
 





QUESTÕES PARA EXPLORAR AO LONGO DAS AULAS:

  1. Que problema filosófico está em causa nas duas situações apresentadas? Formula o problema de forma clara procurando explicar o que está em causa nas duas situações.
  2. Formula alguns problemas éticos?
  3. Relativamente à questão 1 que respostas dão ao problema as teorias que surgem mais abaixo.
 



I.          O UTILITARISMO DE STUART MILL ( clica em cima do nome)
 
Texto 1
 
A doutrina que aceita como fundamento da moral a utilidade, ou o princípio da maior felicidade, defende que as acções são correctas na medida em que tendem a promover a felicidade [bem estar], e incorrectas na medida em que tendem a gerar o contrário da felicidade. Por felicidade entendemos o prazer, e a ausência de dor; por infelicidade, a dor, e a privação de prazer. Para dar uma perspectiva clara do padrão moral estabelecido pela teoria é preciso dizer muito mais; em particular, que coisas se inclui nas ideias de dor e prazer; e até que ponto isto é deixado como questão em aberto. Mas estas explicações suplementares não afectam a teoria da vida na qual esta teoria da moralidade se baseia nomeadamente, que o prazer, e a ausência de dor são as únicas coisas desejáveis como fins; e que todas as coisas desejáveis (…) são desejáveis ou pelo prazer inerente a si mesmas ou como meios para promoção do prazer e a prevenção da dor.
John Stuart Mill (2005)  Utilitarismo. Trad.. Pedro Galvão. Porto Editora, p. 50-54
Texto 2
A felicidade que constitui o padrão utilitarista do que está correcto na conduta não é a própria felicidade do agente, mas a de todos os envolvidos. O utilitarismo exige que o agente seja tão estritamente imparcial entre a sua própria felicidade e a dos outros como um espectador desinteressado e benevolente.
(…) O motivo nada tem a ver com a moralidade da acção, embora tenha muito a ver com o valor do agente. Quem salva um semelhante de se afogar faz o que está moralmente correcto, quer o seu motivo seja o dever, ou a esperança de ser pago pelo seu incómodo; quem trai a confiança de um amigo, é culpado de um crime, ainda que o seu objectivo seja servir outro amigo para com o qual tem deveres ainda maiores.
John Stuart Mill (2005) Utilitarismo. Trad. Pedro Galvão. Porto Editora, p. 67-68
 
II.            A DEONTOLOGIA DE I. KANT (clica em cima do nome)
 
Texto 1
(…) o valor moral da ação não reside, portanto, no efeito [consequência] que dela se espera. Por conseguinte, nada senão a representação da lei [moral] em si mesma, (…) enquanto é ela, e não o esperado efeito, que determina a vontade, pode constituir o bem excelente a que chamamos moral (…) Não pode residir em mais parte alguma senão no princípio da vontade [na intenção], abstraindo dos fins que possam ser realizados por tal vontade”.
Mas que lei pode ser então essa, (…) mesmo sem tomar em consideração o efeito que dela se espera, tem de determinar a vontade para que esta se possa chamar boa absolutamente e sem restrição? (…) devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal.
Kant, Fundamentação da metafísica dos costumes, Edições 70, p. 31-33
 
Texto 2.
Cada ação pode ser descrita como uma ação de um certo tipo. Se ajudas alguém, podes conceber o que fazes como um ato de caridade. Neste caso, ages segundo a máxima de que deves ajudar os outros. Mas tens outras alternativas: quando forneces a ajuda talvez estejas a pensar que essa é uma maneira de fazer o beneficiário sentir-se em dívida para contigo. Neste caso, a máxima da tua ação pode ser a de que deves fazer que os outros se sintam em dívida para contigo. Para saberes que valor moral tem a tua ação, vê que máxima te levou a fazer o que fizeste.
Não é difícil perceber por que razão precisamos de considerar os motivos do agente e não as consequências da ação. Kant descreve o caso de um comerciante que nunca engana os seus clientes. A razão é que ele receia que, se os enganasse, os seus clientes deixariam de comprar na sua loja. Kant diz que o comerciante faz o que está certo, embora não pela razão certa. Ele age de acordo com a moralidade, mas não devido à moralidade. Para descobrir o valor moral de uma ação, temos de ver por que razão o agente a realiza, o que as consequências não revelam.
Se o comerciante age aplicando a máxima "Sê sempre honesto", a sua acção tem valor moral. Todavia, se a sua ação é o resultado da máxima "Não enganes as pessoas se é provável que isso te cause prejuízos financeiros", ela é meramente prudencial, e não moral. O valor moral depende dos motivos e os motivos são dados pela máxima que o agente aplica ao decidir o que fazer.
Tradução de Faustino Vaz
Retirado do livro Core Questions in Philosophy, de Elliott Sober (Prentice Hall, 2008)


22 comentários:

  1. Prof, vimos na aula que o problema filosófico era: "O que torna uma acção moralmente correcta ou incorrecta?",
    Então, a primeira resposta (de acordo com Stuart Mill) o que define se as acções são correctas é a promoção de felicidade e de bem estar, tudo o que tende a gerar o contrário da felicidade são acções moralmente erradas.
    A segunda resposta é a do filósofo I. Kant, que diz que o valor moral da acção não reside na consequência, mas sim no princípio da vontade, ou seja na intenção.

    Para Stuart Mill o valor moral de uma acção depende da sua consequência.
    Para Kant o valor moral de uma acção depende da sua intenção. Certo ?

    Mariana Marques, 10ºLH2

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  2. Mariana está certo o que dizes. Mas estás a responder à questão 1? É que só na questão 3 te é pedido que te refiras às teorias. Tenta responder à questão 1 e 2 sem ainda te referires às teorias em concreto. Se quiseres avançar para a pergunta 3 diz-me primeiro e logo avançamos.


    Ismael Carvalho

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  3. Nas duas situações, discutem problemas como a distinção entre moral e ética e o carácter social e pessoal da ética. Porque ao contrário de outros seres, vivos ou inanimados, nós, seres humanos, podemos inventar e escolher em parte a nossa forma de vida, a nossa forma de viver. Podemos optar pelo que nos parece bom, quer dizer, conveniente para nós, frente ao que nos parece mal/mau e inconveniente. E, como nós, podemos inventar e escolher, podemos consequentemente, enganar-nos, que é uma coisa que não costuma acontecer com os animais irracionais. Assim parece-me prudente estarmos atentos ao que nós fazemos e procurar um certo saber viver, que nos permita acertar.

    Nelson Miguel 10º Ct5

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  4. Nelson estou com dificuldades em entender a tua resposta. Verifica o seguinte:

    - Estás a responder à pergunta 1?

    - Se estás, eu peço-te duas coisas, a primeira é que formules o problema, forma clara, que parece ser comum às duas situações; em segundo peço-te que expliques o que está em causa no problema, de acordo com o que fizemos em aula.

    Repara, nós em aula tentamos resumir as duas situações a um problema geral, que problema é esse? O que parece estar em causa no problema sempre que avaliamos cada uma das situações?

    Nada mais. Percebes?

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  5. Professor, penso que de acordo com o que falámos na aula, a questão das "barrigas de aluguer" seria um dos temas interessantes para refletirmos à luz da Ética. A questão que se impõe é: Quem é a mãe da criança? A dadora do óvulo ou a que gera a criança durante 9 meses? Considero este um problema Ético pois não é possível obter uma resposta consensual uma vez que a resposta difere de acordo com os princípios Éticos e Morais das pessoas a quem perguntámos.

    Miguel Matos 10ºAV

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  6. Grande Miguel, óptimo problema. Deixa ver se te consigo ajudar. Vamos tentar organizar o que consideramos existir nesse problema que o torna um problema ético, o que dizes?

    Não me parece que "as barrigas de aluguer" como dizes seja um problema ético apenas porque não "é possível obter uma resposta consensual", se fosse esse o caso, então qualquer problema em que não houvesse consenso seria um problema ético, do tipo gosto de gelados de morango e outra pessoa de chocolate. Há aqui algum problema ético?
    Não me parece. O que transforma um determinado problema num tema de ética é quando estão em causa princípios ou valores, não te parece?

    Vejamos: o que está em causa no teu problema que levante questões éticas?

    Se aceitares vamos fazer este dabate por etapas. Em primeiro lugar que tal dizeres porque razão trazes aqui esse tema. Justifica um pouco o teu interesse por esta questão. Depois disso avançamos para o problema e pedimos ajuda ao resto do pessoal. O que dizes?

    Ismael Carvalho

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  7. Olá professor
    Concordo com um debate por etapas. Relativamente às "barrigas de aluguer" concordo que é um problema Ético por envolver questões Éticas e morais, e não apenas por falta de consenso. Esta questão surgiu-me a partir das situações analisadas na aula, e este pareceu-me um tema que se enquadra nesta problemática.

    Miguel Matos 10ºAV

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  8. Em resposta à 2, penso que a violência poderá ser um problema ético porque viola a integridade fisica e psicologica e não está correcta em relação à sociedade em que vivemos.
    ou por exemplo o aborto: porque é que se permite o aborto e não se considera um bébé um ser humano com direito à vida?
    Mariana Marques, 10LH2

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  9. Então Miguel vamos lá. Tenta apontar duas ou três questões que te parece estar em causa e fazem do problema das barrigas de aluguer um problema ético. Tenta fazer isso por tópicos. Se tiveres dificuldades diz. Entretanto vamos falar com o pessoal da turma para ver se também dá uma ajuda.

    Ismael Carvalho

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  10. Professor,

    1º pergunta:
    Nestas duas situações está em causa um problema ético. Este problema é formado pela seguinte questão: " O que torna uma acção moralmente correcta ou incorrecta? ".
    Por de trás desta questão, encontram-se dois critérios éticos que devemos ter em consideração: A intenção e a consequência. Estes dois critérios éticos permitem-nos avaliar uma acção tendo em conta que:
    - se a intenção da acção for boa então, esta é uma acção correcta, caso contrário, é uma acção incorrecta;
    - se a consequência da acção for boa então, esta é uma acção é correcta, caso contrário, é uma acção incorrecta.

    Marisa Santos, nº16 , 10ºLH2

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    1. Marisa estava a ver que não participavas. Olha a questão está correta. Agora penso que devias substituir a frase " Por de trás desta questão, encontram-se dois critérios éticos que devemos ter em consideração", porque não se compreende o que queres dizer com por detrás....encontram-se....

      Creio que deves avançar para uma coisa do género:

      Quando analisamos qualquer ação podemos identificar dois elementos importantes (...) agora continua tu...

      lembra-te que é fundamental explicarmos as coisas de modo claro.

      Vamos lá continuar, precisamos de ti aqui.

      Ismael Carvalho

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  11. Professor,
    Algumas das questões que fazem das "barrigas de aluguer" um problema Ético são:
    »Quem é que é considerada a mãe da criança?
    »Há valores religiosos subjacentes a este problema?
    »Em termos legais como é que este assunto é resolvido?
    »Como são geridas as emoções dos diversos intervenientes?

    Miguel Matos 10ºAV

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    1. Boa Miguel, vamos lá a isso. Presta atenção aquilo que te vou dizer e tenta responder, mesmo que tenhas dificuldade:

      - Define o que se entende por "barrigas de aluguer" para que se perceba o que estamos a discutir. Podes tentar definir o que são barrigas de aluguer;

      - Aceito a tua 1ª pergunta se me conseguitres explicar porque razão é necessário sabermos quem é a mãe? Por causa de questões legais? Há algum problema moral se não se souber quem é a mãe?

      Miguel é preferível não avançares com muitas questões de uma vez ( e deixo isso como conselho para todos os colegas que queirma participar. A ideia é analisarmos uma questão de cada vez, um passo de cada vez para se compreender bem o que estamos a fazer.

      Fico à espera. Vê se consegues alguém da turma que vá participando e te vá ajudando.

      Estou à espera.

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    2. Professor,
      Barrigas de aluguer é o termo dado ao processo de uma mulher ter um filho noutra mulher, por outras palavras, uma gera o óvulo (a que quer ter o filho) e outra disponibiliza a sua “barriga”. Normalmente este processo é usado por casais que querem, mas não conseguem ter filhos e já recorreram a outros processos.

      Na minha opinião qualquer criança precisa de saber quem é a mãe. Neste caso ambas as mulheres “contribuem” com factores genéticos para o desenvolvimento da criança. Se por um lado uma mulher doa o óvulo com a sua carga genética, por outro aquela cuja criança se desenvolve durante 9 meses também contribui para a formação da criança. Por exemplo se a barriga de aluguer for fumadora vai prejudicar o bébé.

      Miguel Matos 10ºAV

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  12. Olá stor, irei tentar responder algumas das questões levantadas no debate.

    - Definição de ''barrigas de aluguer''
    A barriga-de-aluguer é um 'acordo' em que uma mulher aceita engravidar com o objetivo de gerar e dar à luz uma criança que será criada por outra mulher/casal. Esse processo é como um 'empréstimo de útero'.O procedimento normalmente é realizado através de fertilização in vitro na qual fecunda-se o óvulo da futura mãe com o espermatozóide do futuro pai e transfere-se o embrião para o útero da 'barriga de aluguer'.


    - Porque razão é necessário sabermos quem é a mãe? Por causa de questões legais?

    Por questões legais, a mãe seria a 'barriga de aluguer', visto que esse processo é ilegal.


    Stor poderia esclarecer essa questão '' Há algum problema moral se não se souber quem é a mãe?''
    Neste caso, seria o filho não souber quem é a mãe biológica, certo?



    Andreza Mota, 10ºAV.

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  13. Não penso que o problema das barrigas de aluguer seja um problema etico Miguel .
    Professor depois de definirmos barrigas de aluguer respondemos logo ás outras questoes que o Miguel fez?
    Ainda nao percebi muito bem como responder ás perguntas nos testes que o stor faz .Penso que ataco logo a questao e que nao vou com calma .O que é que o stor acha?! Que conselhos me daria quanto a essa situaçao?

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  14. A meu ver as barrigas de aluguer acabam por ser corretas, porque tanto as consequencias geram a felicidade de todos, como as intenções são boas. O bebe nasce, os pais que o vão criar ficam felizes,a mãe que da a barriga deduzo que reçeba dinheiro ou no minimo dos minimos realiza um acto de solidariedade, é uma relação em que todos ganham , e é provavel que todos tenham boas intenções.

    E a pergunta de quem é considerada a mãe da criança acho que depende do que consideramos ''mãe''. Quem nos criou ou quem nos deu a luz? Uma mulher que me teve na barriga uns meses e me dá a 2 pessoas julgo que não possa ser considerada mãe. Se eu compro um chocolate de uma maquina fui eu que dei o dinheiro o chocolate é meu,não é da maquina só porque o teve lá conservado. Em termos geneticos a mãe vai ser sempre quem deu a barriga, mas de uma maneira de ver as coisas mais sentimental a mãe vai ser quem criou.

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  15. Quanto à questão do Miguel, creio ter uma resposta possível.
    Não há bem uma resposta concreta, que possamos dizer 'esta é a correcta'. Podemos, contudo, dizermos o que achamos.
    E eu acho que ambas as mulheres se assumem como responsavéis pela criança. Sem uma delas, a criança não teria sido concebida. No entanto, a mãe seria quem acolheu a criança. Mãe (por definição geral) é a mulher que concebe, acolhe e educa uma criança. Se acharmos esta afirmação correcta, então a mulher que ficar com (por norma é a mulher que doou o óvulo) será a ,ãe.

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  16. Olha-me a sorte destes alunos! Parabéns a todos.

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  17. Boa João, gosto da maneira como argumentas. Só te faltou afirmar que então não há qualquer problema ético nas barrigas de aluguer.Parece-me que o estudo do utilitarismo e da deontologia te ajudaram na resposta. Esperamos agora para ver o que diz o Miguel, ele que levantou o problema.

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  18. Bia pedia-te que tivesses em consideração o que o João Ramos defendeu. No fundo ele considera que não há problema ético nas barrigas de aluguer. Verifica também o argumento dele. Estás de acordo? Se quiseres depois avançar com alguma questão em que consideres que existem problemas éticos que aqui possamos analisar, serão bem vindos.

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  19. Boa Tarde Professor,
    Peço desculpa por só responder hoje.
    Em relação à opinião do João e da Bia concordo que não seja importante saber qual a mãe da criança, pois, se me deparasse com esta situação, eu consideraria minha mãe, a mulher que me criou. Claro que esta é uma opinião pessoal.

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